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O projeto BIOVALES - Centro de Análise de Compostos Bioativos dos Vales - foi desenvolvido com recursos disponibilizados por meio de um edital do Governo do Rio Grande do Sul. Envolve três instituições de ensino superior: Univates, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e parceria com as empresas Inovamate e Syntalgae. O 8° Congresso Online da Erva-mate (CONAMATE) teve uma exposição do trabalho.

 

A pesquisa envolve profissionais e pesquisadoras bolsistas das instituições e parceiros, conforme explicou a bióloga e doutora em biotecnologia e biociências pela Universidade de Santa Catarina (UFSC), Caroline Schmitz. O objetivo final, segundo ela, é de transformar esse conhecimento em serviço e produzir ‘impacto regional’. Para tanto, somando o conhecimento científico com competências complementares via parcerias com as duas empresas.

 

O intuito é de fornecer um serviço especializado de análise de compostos bioativos em plantas de Erva-mate em triagem rápida com método analítico e alternativo, reduzindo custos sem perder a precisão. Por meio de química analítica verde e usando desenvolvimento sustentável para “elevar a qualidade”. Esses compostos bioativos estão presentes em pequenas quantidades nos alimentos, mesmo não tendo funções essenciais no corpo humano, são bem importantes.

 

A iniciativa, segundo ela, traz vantagens para a saúde como prevenção de doenças crônicas tipo diabetes e problemas cardiovasculares. A pesquisa em si visa classificar esses componentes e, também, os compostos bioativos. Isso permite observar e analisar amostras, extração com solvente e quantificação do ácido clorogênico. Mediante um método para criar ferramentas estatísticas e matemáticas para permitir “analisar e relacionar as medidas químicas”.

 

O calibramento desse sistema, conforme Carolina Schmitz, vai facilitar a codificação de amostras, de forma rápida, para ter uma análise precisa e de baixo custo, especialmente para pequenos produtores. Trazer novas perspectivas de desenvolvimento, valorização e comércio da Erva-mate tanto do Vale do Taquari, envolvido nessa pesquisa, quanto em toda a cadeia produtiva. Após esse trabalho, a tecnologia desenvolvida será repassada para os parceiros utilizarem.


Com informações e imagens do CONAMATE.

 
 
 
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O engenheiro agrônomo Ives Goulart, da Embrapa Florestas, palestrou na segunda-feira (22/09) no 8° Congresso Online do Mate (CONAMATE). A Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) e a Produção Agrícola Municipal (PAM) definem os quantitativos brasileiros de Mate. A produção total anual atualizada no Brasil é de 1.162.722 toneladas - R$ 1.547.284.000,00 sendo 425.829 (PEVS) R$ 589.570.000,00 e 736.983 (PAM) ao valor de R$ 957.714.000,00.

 

Para Ives Gourlart, a identificação de Erva-mate sombreada tem relação direta com o extrativismo em meio às Florestas Ombrófilas Mistas originais, sendo 100% nativos, sem plantio de novas plantas de Ilex paraguariensis e nem raleio de outras espécies, na chamada assim primeira ramificação dos tipos de cultivo. Outra forma é o adensamento com erveiras sendo plantadas dentro do remanescente da floresta natural e sombreada por árvores nativas.

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Existe também, segundo o pesquisador, o erval arborizado, um terceiro tipo, feito no plantio consorciado de erveiras em meio às outras plantas com função de sombreamento, num cultivo feito em linha. E, por fim, o chamado cultivo à pleno sol podendo ser em sistema de monocultor ou em conjunto tanto com outras espécies vegetais quanto agrícolas. A diferença está justamente em considerar nativa, a Erva-mate em meio à mata natural, sem retirada de outras espécies.

 

Ives define o erval nativo como parte da floresta natural, especialmente com araucárias e colheitas em ciclos de quatro anos ou mais, com pouco aporte tecnológico e tendo papel de preservação elencado e até não sendo considerado cultivo. Tipo de manejo existente desde os povos originários. Do ponto de vista agronômico seria uma floresta com extração de Erva-mate. Diferente do adensamento feito com inserção de plantas e, assim, tipificando cultivo.

 

O tipo da sombra no sistema permite plantio e adensamento com níveis distintos e potencial de aporte tecnológico, sendo importante na conservação ambiental também. É comum no Paraná e Santa Catarina. Um pouco diferente dos ervais arborizados, plantando Ilex junto de outras árvores e com espaçamentos entre arvores de sombra e Mate planejados, podendo incluir cultivo agrícola e com potencial produtivo alto. Presente no Rio Grande do Sul.

 

Enquanto, os ervais a pleno sol não têm sombreamento, usam o plantio em linha, com potencial de uso tecnológico e alta produtividade. Levando em conta a melhor valorização da Erva-mate sombreada, pode, conforme o especialista, ser arborizado se assim o produtor desejar. Dentre as vantagens citadas, Ives Goulart menciona existência de outros critérios para esse tipo de avaliação. Bem como, o livre uso de nomes nas embalagens comerciais, independe por exemplo de ser nativa.


Com informações e imagem reprodução CONAMATE.

 
 
 
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O objetivo é disseminar o "conhecimento sobre a Cadeia Produtiva da Erva-Mate. Através de palestras que abordam o processo desde a semente até o produto final", conforme a organização do 8° Congresso Online da Erva-Mate. Na abertura, na tarde desta segunda-feira (22/09), a organizadora do evento, Daiane Ehrhardt, expôs alguns pontos de vista, enumerou desafios e abriu questionamentos de como equacionar o mercado interno e externo.


O bate-papo abordou 'os desafios da Erva-mate', como compensar os custos de produção, entender as oscilações de mercado e ter geração renda dentro da cadeia produtiva. Cerca de cinco anos atrás, houve aumento de demanda, compra por parte dos argentinos, dentre outras coisas. O preço favorável e levou à ampliação de áreas plantadas e, cinco anos depois, o mercado está saturado inclusive pela menor exportação aos argentinos.


As exportações para a Argentina eram de pouco mais de 100 toneladas em 2016, depois passou de 200 no ano seguinte e atingiu 327 em 2018, triplicando um ano mais tarde quando superou 1 milhão de quilos exportados. Em 2020 chegou a quase 13 milhões de quilos e recorde um ano depois, ao atingir 19,5 milhões de quilos, voltando a 12,5 no ano seguinte e caindo pela metade nos dois próximos. De janeiro a agosto de 2025 está em 5.395 toneladas.


A menor demanda estagnou o mercado e fez buscar por produtos mais qualificados, contudo com preços menos favoráveis. Esse interesse do país vizinho é pontuado com um dos fatores ligados ao aumento de área e produção, pronta para ser comercializada atualmente. Isso tudo, conforme a organizadora do Conamate e fundadora da IlexTec, precisa ser equacionado, tendo em vista cada envolvido nessa cadeia produtiva.


Em seu entendimento, Daiane Ehrhardt citou diversos pontos para uniformizar a produção, caso de analisar a instituição de granulometria comum, uma vez de que cada indústria teoricamente segue em perfil própria e estaria faltando a padronização. Enquanto a fartura de matéria-prima, segundo ela, deve ser usada para inovar com novos produtos a partir da Erva-mate. Outro ponto é encontrar soluções mais eficientes em todo o processo ervateiro, desde a colheita com acréscimo de tecnologia até o consumidor final.


O ConaMate segue com inscrições abertas no link (CONAMATE) e as palestras ficam disponíveis gratuitamente durante a transmissão no canal da organização no YouTube (https://www.youtube.com/@conamate/streams). São quatro palestras todos os dias, às 14h, 16h, 18h e 20h - de 22 a 26 de setembro. Com informações e imagem CONAMATE.

 
 
 
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