Paulo Frontin/PR pode virar referência mundial em Erva-mate com tecnologia inédita
- Historia da Erva-mate
- 8 de ago.
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Atualizado: 13 de ago.

Investimento que supera R$ 19 milhões aguarda cessão de terreno, a ser aprovada pelos vereadores e prefeitura frontinense, para construir estrutura e colocar um laboratório de pesquisa em funcionamento. Valor para implantar a agroindústria da Erva-mate em Paulo Frontin aguarda aval da Câmara e autorização municipal para ceder um imóvel onde a Itaipu Binacional vai financiar barracão industrial e infraestrutura básica.
O investimento de R$ 19.110.000,00 "colocará Paulo Frontin no mapa da agroindustrialização inovadora e sustentável, tornando-se referência no beneficiamento de Erva-mate", segundo a proposta. Inicialmente gera entre 10 de 15 empregos diretos e envolve ao menos 300 famílias de agricultores. Mais de 30 famílias frontinenses já estão cadastradas para comporem o trabalho.
A iniciativa foi proposta pela Associação de Famílias de Agricultores Experimentadores e Difusores em Agroecologia no Bioma da Floresta com Araucária (ECOARAUCÁRIA), presidida por Bernardo Vergopolem, e aprovada pela Itaipu, basta o município disponibilizar o terreno. Solicitação de cessão do imóvel foi protocolada na Câmara e deve ser discutida nos próximos dias, com expectativa de aprovação devido ao interesse e apelo público.
Iniciativa e parcerias
O projeto é fruto de uma ação coletiva do Observatório da Erva-mate e se estrutura em acordo de Cooperação Técnica e se estrutura em acordo de Cooperação Técnica envolvendo Ministério Público do Trabalho, Instituto Federal do Paraná - campus Irati, órgão estaduais, sindicatos e federação de trabalhadores rurais, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), ECOARAUCÁRIA, CEASOL, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Serra da Esperança (APA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Tornar Paulo Frontin referência em agroindustrialização sustentável e economia solidária é um dos objetivos centrais. Ainda, envolve diretamente outros 20 municípios da região. A iniciativa teve início com Renato Hudziak. Fundador e gestor da Kongoin Native Mate Herb, ele colocou o município no mapa de exportações de Erva-mate para o Líbano, desde 2023 quando exportou 14 mil quilos. Ano passado subiu para 16.356 e nesse ano já são 43.780 quilos vendidos para os libaneses, demonstrando potencial.

Aprovado pelos vereadores e cedido o terreno, a obra de construção é prevista para iniciar em fevereiro de 2026 e a ser concluída em junho do ano seguinte. A fundação de uma cooperativa com sede em Paulo Frontin, tendo gestão própria e participação direta de produtores locais de Erva-mate, está prevista para administrar esse trabalho. Nativa convencional, plantada a pleno sol e orgânica (para mercados mais exigentes) serão os tipos de matéria-prima recebidas.
Inovação e tecnologia
Renato Hudziak destaca o trabalho do presidente Bernardo Vergopolem nas tratativas para aprovar o projeto junto à Itaipu Binacional. Bem como, a elaboração da proposta para solicitar a cessão de um terreno ao município, via Câmara de Vereadores. O fundador e gestor da Kongoin frisa que o processamento idealizado tem tecnologia inédita e vai apresentar “uma solução inovadora e promissora que visa transformar o setor ervateiro.”
“Com a implementação de um processo nutracêutico exclusivo, essa abordagem não apenas otimiza a extração e a aplicação das propriedades benéficas da Erva-mate, mas também confere um diferencial competitivo significativo no mercado. A utilização de máquinas importadas, patenteadas pela empresa, assegurará práticas sustentáveis no cultivo e no processamento, permitindo o desenvolvimento de produtos de alto valor agregado que atendem às exigências dos consumidores por alternativas saudáveis e eficazes”, afirma.
Além disso, essa inovação, segundo Renato Hudziak, vai fortalecer a “posição da cooperativa como líder no mercado, impulsionando o crescimento econômico regional e promovendo práticas sustentáveis e colaborativas entre os produtores”. O fato de estudar, pesquisar, envolver organismos reconhecidos e colocar a Kongoin no mercado libanês, o referencia como empreendedor. Além da patente de máquinas inéditas que possui para tocar o projeto.
Com informações e imagens do projeto/Renato Hudziak.







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