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Erva-mate é um dos 95 sistemas mundiais de Patrimônio Agrícola

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    Historia da Erva-mate
  • há 6 dias
  • 2 min de leitura

O cultivo de Erva-mate no sul do Brasil entrou para a lista do Patrimônio de Sistemas Agrícolas de Importância Global (Giahs - a sigla em inglês e SIPAM em português). O anúncio feito na semana passada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) incluí seis novos locais nessa designação, sendo o segundo brasileiro entre os 95 sistemas existentes em 28 países ao redor do mundo.


Dos seis novos, três são chineses - chegando a 25 no total dos 95 globais. A FAO aprovou oficialmente o reconhecimento da proposta “Erva-mate sombreada: um sistema agroflorestal tradicional na Floresta com Araucária do Paraná, Brasil” como SIPAM. É o segundo selo concedido para regiões brasileiras. Em 2020, a entidade reconheceu o sistema “Apanhadoras de flores sempre-vivas”, localizadas em Minas Gerais, na Serra do Espinhaço.


De acordo com a divulgação oficial da Organização das Nações Unidas (ONU), "o título foi concedido para o cultivo de Erva-mate em sistemas agroflorestais sombreados nas florestas de araucária no Estado do Paraná. O Centro de Desenvolvimento e Educação dos Sistemas Tradicionais de Erva-mate (CEDErva) foi a entidade responsável por toda essa articulação em prol da conquista envolvendo diretamente onze municípios do Sul e Centro-Sul do estado.


Esse cultivo está em comunidades tradicionais e indígenas e tem diversas instituições atuando no trabalho. "O sistema tradicional de plantio remonta a práticas ancestrais de povos indígenas e comunidades tradicionais do sul do Brasil, que existem há mais de cinco séculos. Para a FAO, as técnicas usadas representam um modelo globalmente significativo de manejo florestal sustentável e continuidade cultural", cita a ONU.


Nesse entendimento, o "cultivo fortalece a biodiversidade, a soberania alimentar e a identidade cultural. Além disso, ajuda a conservar a floresta de araucária, um dos berços de biodiversidade mais ameaçados do planeta". A avaliação da FAO é de ser uma "região fortemente impactada pelo desmatamento, onde resta apenas 1% da floresta original". O cultivo da Erva-mate sombreada está justamente em meio às matas.


E esse "sistema oferece um raro exemplo de práticas agrícolas que preservam a cobertura florestal e, ao mesmo tempo, apoiam os meios de subsistência e o patrimônio cultural". Tudo isso envolve o Faxinal do Emboque em São Mateus do Sul, comunidades Indígenas de Rio d’Areia e Marrecas em Inácio Martins, teno apoio do Ministério Público de Trabalho do Paraná, os Sindicatos de Agricultura Familiar da região Centro-Sul e Sudeste do Paraná.


Também da Associação Paranaense das Vítimas Expostas ao Amianto e aos Agrotóxicos (APREAA), IFPR-Campus Irati, Associação dos Grupos de Agricultores Ecológicos São Francisco de Assis (Associação ASSIS) e a Ervateira Kosloski e Silva. O trabalho abrange os municípios de Pinhão, Rio Azul, Rebouças, Inácio Martins, Bituruna, Cruz Machado, Irati, São Mateus do Sul, São João do Triunfo, Guarapuava e Turvo.


Com informações da FAO/ONU.

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