Região de Frederico Westphalen tem preços melhores, com clima mais favorável. Enquanto as regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Soledade e Erechim registram valores mais baixos pagos pelas folhas entregues na indústria. A colheita é mais lenta por conta da brotação dos ervais. Por outro lado, o clima está mais favorável que algumas semanas atrás quando a estiagem prejudicava o desenvolvimento das plantas colocadas na lavoura.
As chuvas mais expressivas, chegando de 80 a 100 milímetros em média - duas semanas atrás, e de 30 a 40 milímetros na semana passada, além da ocorrência de pancadas nos últimas dias "deu uma boa recuperada nos ervais", explica o engenheiro agrônomo da Emater/RS regional de Soledade, Vivairo Zago. O período mais seco e quente, com falta de umidade do início do mês estava deixando as lavouras com atraso no crescimento.
As ondas de calor e temperaturas muito altas causam estresse nas plantas. Em municípios mais altos, exemplo de Fontura e Itapuca - da região de Soledade, onde tem em torno de 3 mil hectares de ervais, as temperaturas são melhores, mas mesmo assim acima do normal. Disso, o entendimento do engenheiro agrônomo de que o sistema agroflorestal 'sofre menos' se comparado ao de plantios solteiros, por manter mais umidade no solo.
Outro fator importante, de momento, é o manejo dos ervais, as limpezas com roçadas. "Como cresce a Erva-mate, também cresce o mato", observa. Enquanto o período não é propício para as colheitas devido à fase de brotação e crescimento. A notícia positiva é de menor incidência de pragas, até pela maior umidade do solo, deixando o próprio ecossistema mais equilibrado e favorecendo o desenvolvimento das plantas.
As informações do Informativo Conjuntural nº 1856, divulgado nesta quinta-feira (27/02), citam a região de Erechim com área plantada de 7 mil hectares, "sendo uma cultura importante ao se considerar o número de indústrias. Em alguns municípios tradicionais, há corte de plantas, enquanto em outros ocorre aumento de área. O preço é de R$ 17,00/arroba na indústria", conforme informado nesse levantamento da Emater/RS-Ascar.
Por sua vez, na regional de Frederico Westphalen as "mudas plantadas estão recebendo tratos culturais e acompanhamento. A produção de folhas segue adequada de acordo com a época, pois o clima tem sido favorável ao desenvolvimento dos ervais. A colheita e a industrialização estão ocorrendo de forma mais lenta devido à época de brotação, e muitos produtores não estão realizando a colheita nesta época".
Nessa região, a "exportação de Erva-mate segue normalmente. Os preços praticados na região são: Erva-mate folha chimarrão (entregue na indústria), R$ 24,00/arroba; e Erva-mate folha (exportação e tererê entregue na indústria), R$ 20,00/arroba. O preço da muda é de R$ 1,80 por unidade. Por sua vez Soledade, também com colheita limitada nesse período, tem preços pagos ao produtor variando de R$ 18,00 a R$ 23,00/arroba.
O boletim também repercutiu o registro, por meio do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), da Indicação Geográfica (IG). "A IG Erva-mate Região de Machadinho é a primeira conquistada para a Erva-mate no Rio Grande do Sul. O processo para busca da IG junto ao INPI teve a coordenação e liderança da Associação dos Produtores de Erva-Mate de Machadinho (Apromate), além de participação e auxílio permanente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Emater/RS-Ascar", citou.
"Também houve apoio dos produtores, das indústrias ervateiras, das instituições e das diversas parcerias da Apromate. A área delimitada está localizada na Região Nordeste do Rio Grande do Sul e compreende os municípios de Barracão, Cacique Doble, Machadinho, Maximiliano de Almeida, Paim Filho, Sananduva, Santo Expedito do Sul, São João da Urtiga, São José do Ouro e Tupanci do Sul,", completou a publicação da Emater.
Com informações do Informativo Conjuntural nº 1856 e imagem de arquivo/Emater/RS-Ascar.
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