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Universidade testa a produção de sementes sem fecundação

  • Foto do escritor: Historia da Erva-mate
    Historia da Erva-mate
  • 22 de abr.
  • 3 min de leitura

A investigação testou a formação de frutos e sementes de Ilex paraguariensis sem "a necessidade de reprodução sexuada (fecundação cruzada)". Depois comparou, os resultados obtidos, com o processo convencional também testado e descobriu diferenças de quantidades, carecendo de novas pesquisas sobre germinação para concluir se esses fatores contribuem para a baixa germinação da espécie.


A pesquisa é de autoria de um grupo de pesquisadores vinculados ao curso de Ciências Biológicas da Universidade do Vale do Taquari (Univates), Marcos Vinicius Vizioli Klaus, Mara Cíntia Winhelmann, Cristina Jardim Cezar Mariano, Gabriela Mussio, Luiza Picoli Ribeiro, Amanda Pichani Primaz, Amanda Pastório Borges, Mathias Hofstätter, Marcos Paulo Ghiggi, Julia Gastmann, Fernanda Bruxel e Elisete Maria de Freitas.


Esse estudo foi publicado na revista Ciência e Natura. A hipótese era de que, "apesar da formação de frutos e sementes sem a fertilização convencional (apomixia), as sementes geradas desta maneira seriam inviáveis". Na pesquisa, foram ensacados "cinco ramos de 20 plantas pistiladas (flores femininas) em dois momentos diferentes: antes da antese (antes da abertura da flor e, portanto, da polinização) (T1), e de outras 20 plantas logo após a formação dos frutos (TC)."


Os frutos maduros das 40 plantas foram coletados, contados e analisados. Sendo, todas as sementes presentes nos frutos coletados, "cortadas longitudinalmente e classificadas em duas categorias: intactas (com embrião e endosperma) ou não intactas (vazias e/ou deterioradas)". No teste de tetrazólio, para indicar se as sementes são viáveis ou não, foi possível verificar que "a formação de frutos e sementes viáveis ocorreu sem reprodução sexuada". Mesmo com os "ramos ensacados antes da abertura da flor e, portanto, antes da polinização".


Apenas, em "menor proporção" quando comparada com o "processo de reprodução convencional (polinização seguida de fecundação sexuada)". Disso o entendimento da pesquisa da "reprodução sem fecundação" se mostrar facultativa. E "contribui para a formação de frutos e sementes viáveis e, consequentemente, para a propagação da espécie". O grupo cita a necessidade de novos estudos para entender a "dificuldade na germinação da Erva-mate".


“O mais interessante e que nos surpreendeu foi a formação de frutos e sementes sem fecundação cruzada. Este conhecimento produzido é novo para a espécie e poderá contribuir, a partir de mais estudos, para o desenvolvimento de um método viável para a produção de sementes. Ainda precisamos entender mais sobre esta planta tão importante na nossa cultura”, destacam os pesquisadores Marcos Vinicius Vizioli Klaus e Elisete Freitas.


“Além da apomixia, que é uma grande novidade, nossas pesquisas com a espécie mostram que o embrião de seus frutos, mesmo maduros, possui sementes com o embrião incompleto e que necessita de um período de dormência quando completa a sua formação. Mas podemos reduzir o tempo de dormência ao expor as sementes a determinadas condições ambientais”, citam.


“O estudo foi um complemento para explicarmos os baixos percentuais de germinação. Já temos estudos que comprovam que os embriões das sementes de frutos maduros não estão bem formados e necessitam de um período de estratificação. É nesse período, que dura cerca de seis meses após a coleta do fruto, que o embrião termina o processo de formação. As sementes de erva-mate possuem dormência física e fisiológica”, detalham.


Outros métodos também podem ser testados. “Poderiam ser realizados testes de germinação com as sementes coletadas, mas exigem a repetição de todo o processo de ensacamento em campo. E, então, repetir o teste de tetrazólio com uma parte das sementes de cada tratamento (antes da abertura da flor e após a formação dos frutos) e, com a outra parte, colocar as sementes para germinar, sendo então avaliado o percentual de germinação das sementes de cada tratamento. Só precisamos de estudantes para continuar a pesquisa”, revelam os pesquisadores.


Com informações e imagem da Univates.

Yorumlar


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