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Paraná influenciou, com Erva-mate, o Planalto Norte catarinense

  • Foto do escritor: Historia da Erva-mate
    Historia da Erva-mate
  • 22 de mar.
  • 2 min de leitura

A história da emancipação e desenvolvimento econômico paranaense, tem relação direta com a extração de Erva-mate, beneficiada e exportada, sobretudo vinda da região Sul do estado, com uso de transporte fluvial, passado por Curitiba e seguindo em direção ao litoral por meio da ferrovia. Essa consolidação e expansão ervateira paranaense criou condições favoráveis para a atividade extrativista no lado catarinense.


Alcides Goularti Filho e Fábio Faria de Moraes citam, no artigo "a construção dos caminhos da Erva-mate em Santa Catarina: combinação e sobreposição de transportes", o surgimento da ainda hoje mais populosa cidade catarinense. Joinville, após sua fundação, em 1851, e a expansão da colonização para os Campos de São Miguel tem na Erva-mate o produto econômico para fixar moradores na região.


São Bento, Rio Negrinho e Campo Alegre criam as bases para a formação do complexo ervateiro em Santa Catarina. Conforme os autores, em 1880, na colônia de São Bento havia dois engenhos de Erva-mate, um deles movido à vapor e outro, à água. Joinville possuía cinco engenhos, sendo três movidos a vapor e dois a água. "No ano de 1884, os mesmos sete engenhos produziram 40.000 barricas de Erva-mate, que era o produto mais exportado da cidade de Joinville (FICKER, 1965:1973)".


Desse período, até 1895, há registro de quatorze "firmas exportadoras de Erva-mate, com destaque para a Companhia Industrial Catarinense, que, no seu breve período de existência (1891 a 1906), se tornou a maior exportadora do produto em Santa Catarina, com filiais no Paraná e nas várias cidades do Planalto Norte catarinense", explica a publicação. "Em São Bento, entre 1899 e 1904, havia dez exportadoras de Erva-mate, incluindo uma filial da Companhia Industrial Catarinense".


O município de Mafra, após desmembrado de Rio Negro em 1917, e Rio Negro estavam na rota da Estrada da Mata, sendo centros de beneficiamento e exportação da Erva-

mate. A matéria-prima chegava por embarcações de "São Matheus, Porto Amazonas, União da Vitória, Porto União e Canoinhas", registrou Leonardo Arbigaus na publicação sobre o Centenário da colonização alemã na região. Com informações de Alcides Goularti Filho e Fábio Faria de Moraes, artigo "a construção dos caminhos da Erva-mate em Santa Catarina: combinação e sobreposição de transportes" e imagem de arquivo do Parque Histórico do Mate, Campo Largo/PR / divulgação AEN/PR.

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