Estudo aponta benefícios da Erva-mate e avanços genéticos
- Historia da Erva-mate
- 26 de mar.
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Desenvolver produtos descafeinados e criar alternativa de consumo para pessoas com doenças cardiovasculares graves, úlceras, tensão nervosa e insônia, principalmente, é um dos desafios no campo da pesquisa e inovação para Erva-mate. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) conduz estudos nesse sentido, com desenvolvimento de plantas melhoradas geneticamente e produtos descafeinados.
Basicamente para consumidores com algum tipo de problema de saúde e impedidos de consumir cafeína. “O consumo de produtos cafeinados é contraindicado em casos de doenças cardiovasculares graves, úlceras, tensão nervosa e insônia e a versão de produtos com baixos teores desse composto é uma alternativa para esse público”, explica Manoela Duarte, a partir da defesa de sua tese de doutorado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), com orientação da Embrapa Florestas (PR).
"Os compostos bioativos presentes na Erva-mate são responsáveis por inúmeros benefícios à saúde humana por apresentarem propriedades antioxidantes, antimicrobianas, anti-inflamatória e anticarcinogênica. Além disso, auxiliam no controle da obesidade, são diuréticos e energéticos. Por isso, é fundamental conhecer e avaliar as alterações químicas que podem ocorrer durante o processamento da Erva-mate", cita a Embrapa.
A publicação sobre o assunto é de 2020 e cita os principais compostos químicos da Erva-mate. As "Metilxantinas (cafeína e teobromina): responsáveis pelo caráter estimulante da Erva-mate". Também, os "compostos fenólicos totais: são diversas classes de compostos químicos (ácidos cafeoilquínicos, ácidos fenólicos, taninos, flavonoides, entre outros), responsáveis pela atividade antioxidante da Erva-mate".
Esses compostos fenólicos, presentes nos alimentos, "podem contribuir para adstringência, amargor, tonalidade, gosto, aroma e estabilidade oxidativa dos produtos. Já para o consumidor, tais compostos promovem a saudabilidade e benefícios para a saúde", enaltece a divulgação da Embrapa. Para o pesquisador da Embrapa Ivar Wendling, orientador da tese de Manoela Duarte, o estudo também buscou respaldar o melhoramento genético.
“Estamos desenvolvendo cultivares com alto teor de cafeína e cultivares descafeinadas, e testando a resposta de alguns processos de beneficiamento nos teores dos compostos bioativos”, explicou Wendling. "O estudo também permite que se obtenham produtos com perfil químico conhecido, o que possibilita o direcionamento para mercados específicos, como, por exemplo, produtos com diferentes teores de cafeína e compostos fenólicos e com maior valor agregado no desenvolvimento de novos produtos alimentícios”, aponta Cristiane Helm, pesquisadora da Embrapa Florestas.
Com informações e imagem Embrapa Florestas.
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