Caminho da Erva-mate pela história americana e mundial
- Historia da Erva-mate
- 9 de mar.
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No Sul do continente, teve e tem grande importância.

Ao descrever o processo histórico da Erva-mate, o Sindicato da Indústria do Mate do Estado do Rio Grande do Sul (Sindimate/RS) destaca alguns fatos peculiares ao contexto. Para os índios Quichuas, antecessores dos Incas, no Peru, a Erva-mate era uma planta sagrada. No Brasil, primeiro foi dito ser "erva do diabo", mas depois se tornou o "chá dos jesuítas" e fonte de comércio para o desenvolvimento regional.
"Erva-Mate é árvore símbolo do Rio Grande do Sul, e bebida oficial do nosso Estado", destaca o Sindimate/RS. Para chegar aos consumidores, mesmo séculos atrás, o Mate passava por um caminho um tanto quanto penoso. Na época da Companhia de Jesus (jesuítas), atravessava o continente de navios, mas antes disso percorria de três a quatro mil quilômetros para chegar até o Peru, onde era consumida.
Os Quichuas consideravam a Erva-mate uma planta sagrada, conforme o registro do Sindicato. Vestígios foram encontrados juntos aos alimentos e túmulos. Além dos registros em tribos chilenas e bolivianas, "que a permutavam com os aborígenes brasileiros", explica o Sindimate/RS. Para os povos originários caigangues e guaranis também tinha conceito místico, de onde se extraía alimentos, remédios e estimulantes.
"No século XVII, chegaram os Jesuítas da Companhia de Jesus com a missão de catequizar os índios sul-americanos, que viviam no pampa gaúcho, território composto pelos países no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Aqui formaram as famosas Reduções das Missões edificando 7 grandes Redutos. No Brasil a mais conhecida é aquela localizada em Santo Ângelo/RS", cita a entidade sindical ervateira ao ilustrar o contexto.
Ao notaram o consumo, os jesuítas primeiro classificaram como a "erva do diabo", ligando o consumo do Mate como dispositivo para deixar os nativos "sexualmente mais ativos". Primeiro, a tentativa de tentar barrar o consumo, mas o estudo levou a uma forma mais adequada de produção de consumo, como suas propriedades milagrosas atravessando o mar e chegando na Europa com o título de "chá dos jesuítas".
"Por mais de século e meio (1610-1768), os padres mantiveram o comércio de seus produtos na forma de chás e chimarrão. Há registros de que houveram plantações de 500 ha [hectares] na região das missões jesuíticas". Depois, sendo parte das transações comerciais com os tropeiros, bandeirantes e mascates, no lombo das tropas de mulas, desde o Rio Grande do Sul até Minas Gerais. Numa história sequencial até a atualidade, ampliada e de grande importância na exportação.
Com informações e imagem/reprodução Sindimate/RS.
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